Consumo. A origem do problema lixo!



Onde existe consumo irá existir lixo e todos sabem que o lixo ainda é problema, mas o que poucos de nós entendemos é que pensar sempre foi a solução. Para falarmos sobre lixo informacional, primeiramente vamos entender um pouco o conceito de consumo.

Se nós entendemos que o consumo da sociedade global abastece um certo montante de lixo e que isso vem sendo um problema crescente como uma bola de neve e mesmo assim não fazemos nada para que isso se modifique, é porque algo de errado esta acontecendo. Entender qual é o fator que impulsiona o consumo é o que vamos fazer agora, afinal, é sobre o consumo que estamos tratando, vamos descobrir o porquê da gente sempre querer mais.

Até então sabemos que a sociedade consumidora produz lixo, isso faz com que o lixo seja um problema secundário e é proveniente do problema primário, o problema primário é a motivo pelo qual consumimos, é este problema que tentaremos entender agora.

O desafio aqui é encontrar a solução. Para isso vamos entender o porquê consumimos tanto. Para que tudo fique mais claro apontaremos o sujeito do crime, no caso nós, os humanos, acusados por não aplicar um consumo sustentável ou no mínimo por negligencia neste conceito.

Para fluir melhor este pensamento vamos refletir um pouco sobre nós, sobre o comportamento da nossa espécie, assim analisaremos a nossa situação descrevendo os sete pecados capitais e como eles fazem de nós consumidores ignorantes. Entenderemos um pouco sobre essa nossa impulsão pelo consumo, tanto de produtos quanto de informações. Os sete pecados capitais são: A ira, a gula, inveja, o orgulho e a avareza, a preguiça e a luxuria. Veja como eles nos fazem consumir sem necessidade:

A ira: às vezes consumimos produtos ou informações na intenção de aplicar as mesmas como forma de expressão contra algo que achamos diferente de nós, o ser humano sempre tem medo de tudo que não condiz consigo mesmo, de tudo que é diferente, basicamente a atitude mental que está por trás da ira é: "quero destruir’ tudo que não for eu. Esse é o pecado da ira, o consumo maléfico para causa de suposta defesa.

A gula: A característica da gula é engolir sem digerir, a gula pode ser entendida como gula intelectual inclusive. É o pecado faz tudo vir ser facilmente descartável pela vontade nova de querer consumir o novo antes de digerir o momentâneo.

A inveja: É o desgosto ou pesar pelos bens do outros, a dificuldade de admirar o outro, o sentimento de injustiça. O slogan que define a inveja é: “Ele é mais do que eu, também quero”, isso faz acontecer mais um tipo de consumo.

O Orgulho: A soberba, sensação de que "Eu sou melhor que os outros" por algum motivo. Para justificar este sentimento muitas vezes o ser humano necessita de produtos de consumo e idéias que defenda a sua imagem e sustente o seu próprio Ego. Este é o pecado que por orgulho nos faz consumir.

A Avareza: Define-se como estar excessivamente apegado a alguma coisa levando a um grande medo de faltar, uma percepção de escassez. Este também gera um consumo desnecessário.

A Preguiça: A preguiça não se resume na preguiça física, mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. Isto também gera um consumo ignorante, já que você consome tudo o que é exposto a você, por não pensar e consequentemente não saber decidir.

A Luxuria: É definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso. Este pecado é o clássico tipo de consumo mais frequente, a impulsão que faz a base comercial capitalista.

Por isso é importante lembrar-se da essência natural da vida, entendermos que a natureza sempre nos forneceu tudo o que foi preciso, que se hoje não somos capazes de viver definitivamente em um consumo totalmente sustentável é porque estamos hipnotizados a todo o momento por informações desnecessárias e fúteis, decorrente do consumo excessivo e descontrolado descrito pelos pecados que já conhecemos agora. Para essa carga de informações desnecessárias damos o nome de lixo informacional, seja ela oriunda de qualquer meio de comunicação como a internet ou televisão, radio e revista ou qualquer outra fonte de exposição de produtos e ideias.

Se pararmos para pensar, iremos notar que assim como existe na sociedade alguns excluídos que sofrem uma carência de poder de compra e acesso aos produtos de consumo, na sociedade global também existe uma carência por informações, decorrentes das diferenças sociais, econômicas e políticas. Com isso podemos notar claramente a falha do sistema, enquanto existe muitas pessoas que recebem poucas informações ou até nenhuma, outras recebem alem do que precisam. Vamos observar uma exemplo: as pessoas que se encontram nas comunidades carentes da África ou qualquer que sejam as comunidades carentes pelo o mundo afora não possuem acesso as informações básicas como sobre saúde e educação e muito menos a outras informações mais ricas como por exemplo a cultura e arte, ou seja, pessoas dessas comunidades alem de já serem excluídas social e financeiramente, agora mais do que nunca serão excluídas da informação pela decorrente evolução tecnológica com ênfase na internet, que não dispõe de acesso a todos. Já outras pessoas de classe social e monetária mais elevada são bombardeadas por infinitas informações, sendo delas muitas um lixo informacional.

Talvez ainda não saibamos reciclar este lixo, mas como pensar sempre foi a solução, podemos reciclar os nossos pensamentos e assim consumir e produzir apenas informações inteligentes e produtivas, em beneficio da sabedoria humana, do conhecimento essencial e do cultivo do consumo sustentável de produtos, ideias e informações.

Assim podemos reciclar a vida e fazer do mundo, um planeta mais saudável e feliz.

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